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IDENTIFICAÇÃO:
Colégio
Super Passo
Rua Dom Climério, Nº 01, Jequié- BA
Rua Dom Climério, Nº 01, Jequié- BA
Telefone: 3525 2976
Faixa
etária dos alunos:
1º ao 9º ano do Ensino Fundamental
Tempo de
duração do projeto:
·
II unidade
Temas Transversais:
Ética,
Cidadania, Meio Ambiente , pluralidade cultural.
INTRODUÇÃO
O
que é um poema? O que é uma poesia? Qual a sua importância na formação dos
educandos? Como selecionar textos adequados para tal especificidade? Como
despertar e fazer enxergar a poesia que há no mundo? Questionamentos como esses
e outros mais é que nos levaram, a elaborar esse Projeto.
Na
tentativa de desenvolver o gosto pela leitura e pelo imaginário, bem como
explorarmos mais esse tema controverso, poesia, e na maioria das vezes mal
trabalhado em sala de aula, é que nasce o desejo de adentrar nessa temática:
poemas e poesias com os alunos do ensino fundamental, anos finais. Cabe
acrescentar que tudo que girar em torno do “tema”, será selecionado de acordo
com a proposta curricular e com o nível dos alunos, das suas capacidades de
entendimento e compreensão. Podemos afirmar que todo trabalho envolvendo
leitura e escrita precisa apoiar-se ao mesmo tempo em valores didáticos e
pedagógicos numa perspectiva colaborativa tal como preconiza Maria Tereza
Freitas (2003) Nenhum conhecimento é
construído pela pessoa sozinha, mas sim, em parceria com os outros que são os
mediadores.
Podemos
interferir nesta realidade de forma significativa, contribuindo com este
processo ensino-aprendizagem, mediando a construção do conhecimento pelos
discentes que também são agentes transformadores e produtos de cultura,
reconhecendo que a leitura e a escrita são instrumentos básicos em todas as
áreas do conhecimento e propiciar aos alunos a compreensão da realidade como
processo/produto das relações sociais que o homem produziu a partir das suas
necessidades, lhe conferindo a capacidade de ler melhor o mundo em que vive e
nele interferir de forma crítica e consciente através das poesias. Visto que,
todo bom leitor é bom leitor é bom aprendiz, fato importante para o êxito tanto
na escola quanto na vida ulterior, quando se precisa estar preparado para nos
adaptarmos a novas circunstâncias, pois como afirma Freire (1996) [...] a leitura do mundo precede a leitura das
palavras.
É
pertinente mencionar que a poesia está no mundo originariamente antes de estar
no poeta ou no poema, por isso podemos encontrar objetos ou situações do mundo
que são “poéticos”. O objetivo, à priori,
é ressaltar a importância das técnicas de incentivo ao hábito de leitura e
escrita, voltadas à descoberta individual do prazer de ler e escrever, frente
às representações a do universo imagético, além de despertar no aluno a
sensibilidade, para que o mesmo possa perceber a poesia que há no mundo e transformá-la
em poema.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A
leitura é um dos meios mais eficazes de desenvolvimento sistemático da
linguagem, e diante da paradoxal deficiência de formação específica para as
questões relativas à sua complexidade e problemática é que Viana (1999,p.5)
escreveu:
Ler
e escrever são atos indissociáveis. Só mesmo quem tem o hábito da leitura é
capaz de escrever sem muita dificuldade. A leitura (...) permite-nos refletir
sobre as idéias e formular nossa própria opinião.
Sendo assim, consideramos de importante
relevância o papel da escrita como prática social e cultural, pois permitem aos
homens, a conservação dos conhecimentos produzidos por eles, enquanto que a
prática da leitura os conduzirá às reflexões e questionamentos das coisas que
fazem parte do mundo, e conseqüentemente de nossas vidas.
Pode-se questionar se o uso constante das diversas
tecnologias visuais e auditivas (sem desmerecer a sua importância) não nos leva
a uma acomodação e desinteresse pela leitura/escrita, já que muitos de nós,
preferem sentar-se confortavelmente e assistir a um tele-jornal, a ler a todo
um jornal, procurando analisar com discernimento o que está escrito nas
entrelinhas e etc., da realidade que nos são apresentadas.
Ledir (2001, p.12), foi muito feliz ao
preconizar que:
Como se não bastassem, os costumes sociais
também aboliram a escrita. O cidadão moderno passa anos sem escrever (...) até
mesmo os cartões postais de felicitações, etc., estão prontos no mercado, bastando
assiná-los (...) o próprio espírito do homem moderno conspira contra a prática
da escrita. Estamos sempre com pressa (...) a maioria dos nossos alunos passam
anos sem ler uma obra de ficção, ou mesmo de história, etc.
Temos
consciência que aprendemos a escrever a partir do que lemos e é nesse contexto
que o professor de Língua Portuguesa (não só ele como os demais) precisam
despertar nos alunos esse interesse pela leitura, seja em forma de textos (não só
os didáticos), imagens, sons, poemas e etc., mas de maneira prazerosa e sem
cobranças avaliativas posteriores.
De
modo geral, nas escolas, a leitura não é trabalhada como deve realmente ser,
levando em consideração as estratégias de leitura e as habilidades
lingüísticas. Quando o assunto é poema aí é que é visto superficialmente, pois
o mesmo é considerado como um “passatempo” ou como diz Ana Elvira (1997, p.
151) texto sem maior elaboração, pois
nenhum dos elementos da sua estrutura foram desvendados. É preciso chegar ao
poema. Tudo isso porque a forma em
que é trabalhada faz com que os alunos não consigam refletir sobre o uso dos
diferentes tipos de linguagem e sentir a emoção estética ao ouvir, ler e criar
um poema. Segundo Ana Elvira (1997, p.152)
(...)
uma abordagem do poema em sala de aula, que tem como objetivo ensinar, deve
passar por quatro grandes momentos. (...) Antes de chegarmos aos quatro
momentos da análise do poema, é necessário esclarecer que ensinar literatura
não consiste em apresentar conceitos operatórios que tragam em si soluções de
“como fazer”.
Por essa razão George Steiner, (1988, p. 59) fala sobre a literatura e o seu
papel:
Um
poema magnífico, um romance clássico entra à força em nosso interior; tomam de
assalto e ocupam as praças fortes de nossa consciência. Exercem sobre nossa
imaginação e desejos, sobre nossas ambições e sonhos mais secretos, um domínio
estranho e contundente. Quem queima livros sabe o que está fazendo. (...) Ler
corretamente é correr grandes riscos, é tornar vulnerável nossa identidade,
nosso autodomínio.
Agora,
com esse pressuposto de deslocar-se o objetivo da simples aplicação de
conteúdos programáticos para uma reflexão sobre esses objetivos e estratégias,
poderemos chegar ao poema.
Para o professor Pedro Lira (1986) existe diferença entre
poesia e poema.
Poema
está caracterizado como um texto escrito (primordialmente, mas não
exclusivamente) em verso, e a poesia, por sua vez, abrange dois conceitos: ora
uma pura e complexa substância imaterial, anterior ao poeta, independente do
poema e da linguagem; ora como o estado em que o indivíduo se coloca na
tentativa de captação apreensão e resgate dessa substância no espaço abstrato
das palavras, ou seja, a poesia é uma
substância imaterial e o poema, concreto.
Segundo
Rubem Alves,
A
escola tem dois objetivos: O primeiro é dar ferramentas para vivermos, como
aprender a caçar. (...) a somar, diminuir. São enfim, saberes que precisamos
para sobreviver. O segundo diz respeito a aquelas coisas que não servem para
nada, mas nos dão prazer. São elas cantar, ler poesia, ouvir música, (...)”.
Acreditamos
que o poeta ao expressar-se assim, corrobora com nossa convicção de que o texto
poético não deve vir como pretexto para outras interpretações que não as dele
próprio. Ou seja, uma leitura prazerosa que possa propiciar aos educandos um
conhecimento novo, intrínseco, capaz de despertar emoções e atitudes favoráveis
a um bom relacionamento com a vida e consequentemente com as pessoas.
Completando
a sua fala, acrescentamos o pensamento da escritora e poeta Ana Maria Machado: Um texto não é poético só porque está
escrito em versinho e termina com palavras que rimam. (2002. p,6) É muito
difícil – talvez impossível – definir o que seja poesia. Mas, com certeza ela
tem a ver com dois aspectos. O primeiro é uma visão diferente e inesperada das
coisas, como se elas estivesses sendo contempladas pela primeira vez e, com
isso, revelassem um sentido surpreendente e iluminador, capaz de emocionar e
fazer entender melhor a própria vida. O segundo é um emprego da linguagem que
também se mostra diferente do que usamos na comunicação habitual. A poesia pode
explorar a musicalidade das palavras, a capacidade de criar imagens com elas,
de aproximar coisas diversas por meio de comparações ou oposições. Em suma, um
poeta trata mais da expressão do que da comunicação e consegue encarar a língua
como um manancial inesgotável de recursos à disposição das pessoas.
É
comum ouvirmos de alguns alunos e também dos pais desses, que trabalhar com
textos poéticos é uma “pura perda de tempo”. Não percebem que através deles,
além de “humanizar” as pessoas, eles brincam com o leitor, emocionam e o faz
pensar.
Temos
conhecimento que a poesia e o poema são explorados nas escolas como um “texto a
mais” a ser interpretado não pela emoção que ele possa causar e sim, pelo que
dele se pode tirar, a exemplo de exercício relacionados às teorias gramaticais,
cuja leitura é imposta pelo professor.
Entendemos
que independente dos poemas escolhidos eles propiciarão aos educandos, entre outras
coisas, o enriquecimento vocabular, a capacidade de construir outros poemas com
maior clareza e, conseqüentemente, a uma escrita mais elaborada. E a tudo isso,
o professor deve estar atento para, só então, conhecedor de grau de dificuldade
dos alunos, reverem seus conceitos.
OBJETIVO
GERAL:
v
Comemorar
o centenário do Poeta Vinícius de Moraes e promover situações reais que
despertem nos discentes a compreensão e interpretação e o interesse acerca das
produções poéticas.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS:
v
Reconhecer
a poesia como meio de expressão dos sentimentos e ideias inerente ao ser humano.
v
Despertar
a sensibilidade e gosto por textos poéticos.
v
Identificar
as diversas formas de sentimentos presentes nos poemas.
v
Distinguir
poesia de poema.
v
Incentivar
a criação de poesias e poetas no âmbito escolar.
v
Estudar
os poemas sua forma peculiar e suas sonoridades.
v
Estudar
recursos poéticos, como repetições, aliterações e assonâncias.
v
Conhecer
algumas formas fixas de poemas.
v
Aprender
sobre como as palavras se formam em nossa língua.
v
Exercitar
um “jeito poeta” de ser e participar de um sarau na culminância do projeto.
CONTEÚDOS:
·
Conceito de poesia e poema.
·
Poesia e poema: forma e substância.
·
Linguagem poética.
·
Recursos poéticos: repetição, assonância,
aliteração; ritmos e métricas;
·
Estrutura de palavras: radical, afixos,
desinências, vogal temática, tema.
·
Formação de palavras: derivação, composição,
radicais compostos eruditos, onomatopeias, redução.
ESTRATÉGIAS:
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CULMINÂNCIA:
Para encerramento desse projeto será
realizado o “ Sarau do José Mendes ” no qual os alunos farão apresentações:
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AVALIAÇÂO:
A
avaliação é uma ação de extrema relevância posto que nos dá subsídios para
analisarmos se a proposta almejada foi alcançada ou não. Diante disso, vê-se a
necessidade dessa prática ser realizada em todo o decorrer do projeto, para
que,caso haja necessidade de reformulação de atividades ou discussões, isso
ocorra sem prejudicar o processo ensino-aprendizagem. Por isso, em toda a
aplicação desse projeto serão analisados os seguintes aspectos:
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
CHIAPPINI, Lígia. Aprender e Ensinar com Textos Didáticos e
Paradidáticos. São Paulo: Cortez, 1997.
JAKOBSON,
Roman. O que fazem os poetas com as
palavras. Colóquio/Letras, n.12, Lisboa, mar.1973
LIRA,
Pedro. Conceito de poesia. Série
Princípio. Rio de Janeiro: Ática, 1986.
OLIVEIRA, Gabriela
Rodella, Flávio Nigro Rodrigues, João Campos Rocha Português: A arte da palavra, 6º ao 8º ano,São
Paulo:Editora AJS Ltda, 2009.
ficou muito bom e otimo esse recital desse ano
ResponderExcluirass;valeria kelly
ResponderExcluirProjeto muito rico em conhecimento.
ResponderExcluir