quinta-feira, 7 de março de 2013

Hisória: a lebre e a tartaruga

A Lebre e a Tartaruga - Retirado da net.

Vídeo: a lebre e a tartaruga

Vídeo: A lebre e a tartaruga

Sugestão de atividade: A lebre e a tartaruga


Trabalhar nas aulas de artes: Recorte e colagem  

 Leitura e interpretação para 1º e 2 ano:

 

FÁBULA: A LEBRE E A TARTARUGA

Para essa semana, selecionamos em A.C que trabalharemos a fábula: a lebre e a tartaruga. Faremos reflexões acerca da moral da fábula e abordaremos aspectos linguísticos a partir dela e revisaremos a biografia do fabulista Esopo.

 

A lebre e a tartaruga

Certo dia uma lebre topou com uma tartaruga e, ao ver como ela andava devagar, caiu na risada e fez muita troça.
― Como você é lenta e desajeitada ― disse a lebre. ― É tão desengonçada, andando com essa sua concha pesada, que até admira que consiga chegar a algum lugar.
A tartaruga deteve-se na estrada poeirenta, levantou a cabeça, virou-se para a
lebre e sorriu.
― Então vamos apostar uma corrida ― disse ela.
― Na hora que você escolher. Aposto dez moedas por dez quilômetros.
A lebre se pôs a dar pulos toda animada.
― O quê! Dez moedas? Podemos começar agora mesmo? Só dez quilômetros?
E sem esperar pela resposta da tartaruga, disparou pela estrada.
A tartaruga saiu atrás, com toda a lentidão. Sem olhar para trás nem pra os lados, foi seguindo a passo firme e regular pela estrada.
Num instante, a grande velocidade da lebre deu-lhe uma grande dianteira, e ela,rindo consigo, virou-se para ver a que distância se encontrava a tartaruga. Não conseguiu avistá-la, e, como estava um pouco cansada e achou que um descanso
seria muito agradável, acomodou-se ao lado de uma placa da estrada, para tirar uma soneca.
― Vou dormir um pouco ― disse ela. ― Tenho muito tempo, e se a minha vagarosa amiga passar por aqui enquanto eu estiver dormindo, eu acordo, alcanço-a,
e ainda assim venço a corrida com facilidade.
A tartaruga, enquanto isso, ia avançando, e depois de muito, mas muito tempo,chegou à placa da estrada, embaixo da qual a lebre roncava sonoramente. A tartaruga não parou. Sem hesitar, foi em frente, levando às costas o seu grande casco, rumo ao distante marco de chegada.
A lebre, muito confiante na própria vitória, dormiu a sono solto ao sol. Quando finalmente acordou, já era quase noite: ela tinha dormido demais! Piscou, pôs-se de pé com um pulo, olhou de um lado e de outro e saiu em disparada. Embora corresse mais rápido do que o vento, não conseguiu alcançar a tartaruga. Quando atingiu o marco de chegada, a tartaruga já estava lá, sorrindo calmamente consigo mesma. Devagar se vai ao longe.
( Mathias, R. Fábulas de Esopo. São Paulo: Círculo do livro, 1983)
 
Interpetração:

1.Na sua opinião, Por que a lebre aceitou o desafio da Tartaruga?

2- Você é capaz de identificar pelo comportamento qual o tipo de personalidade de cada um dos personagens da trama?
3- O que aconteceu depois que os dois competidores partiram do ponto inicial?
4 -Você consegue relatar alguma situação da vida real que se assemelhe ao exemplo da fábula?
5-Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?


Questões de Interpretação e Compreensão

1) Quem conta a história? Assinale a resposta correta:
( ) A tartaruga ( ) A lebre ( ) O narrador
Justifique a sua resposta:
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2) Por que a lebre estava certa que iria ganhar a corrida?
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3) O que fez a lebre perder a corrida?
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4) Qual foi a primeira atitude da lebre após o desafio feito pela tartaruga?
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5) Por que a tartaruga venceu a competição, mesmo sendo tão lenta?
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6) O que você pensa sobre quem tem atitudes como a da lebre?
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7) Relacione de acordo com a ordem dos acontecimentos da história:
( 1 ) começo ( 2 ) meio ( 3 ) fim

( ) “A tartaruga não parou. Sem hesitar, foi em frente, levando às costas o seu
grande casco, rumo ao distante marco de chegada.”

( ) “― É tão desengonçada, andando com essa sua concha pesada, que até admira
que consiga chegar a algum lugar.”

( ) “Sem olhar para trás nem pra os lados, foi seguindo a passo firme e regular pela
estrada.”
8) Relacione corretamente:
( 1 ) tartaruga ( 2 ) lebre
( ) fez muita troça ( ) andava devagar ( ) dormiu a sono solto ao sol
( ) levantou a cabeça, virou-se e sorriu ( ) deu pulos toda animada

9- Se você fosse a tartaruga, o que diria à lebre no momento do desafio para a
corrida?

AÇÕES DO PROJETO: UMA VIAGEM AO MUNDO DAS FÁBULAS



O leão e o rato

Estava um rato prestes a ser devorado por um gato faminto quando um leão que passava por perto, comovido com seu desespero, espantou o gato pra longe. Refeito do susto, o ratinho agradeceu:
– Muito obrigado por salvar minha vida, majestade. O senhor é o rei da floresta e não precisaria se incomodar com um ser tão insignificante como eu. Mas um dia eu hei de lhe retribuir este favor.
O leão, que não havia feito aquilo pensando em recompensa, seguiu o seucaminho:
– Pobre ratinho, como poderia ele retribuir um favor ao rei dos animais?
No dia seguinte, o leão estava andando distraído quando pisou numa rede estendida para aprisioná-lo. Assim que pôs a pata na armadilha, a rede se fechou sobre o seu corpo.
– Ai de mim. Ficarei aqui a noite inteira até que cheguem os caçadores e me matem sem dó nem piedade.
Eis que pela estrada vem passando o ratinho seu amigo. Ao ver o leão naquela situação, prontificou-se no mesmo instante:
– É já que vou retribuir o favor que você me fez.
E pôs-se a roer as cordas até livrar o leão da rede dos caçadores.

Fábulas de Esopo. Adapt. de Ivana Arruda Leite. São Paulo: Escala Educacional. 2004.


 QUESTÕES PARA REFLEXÃO:

QUESTÃO 01
A fábula recebeu esse título porque:
a) indica que o leão é o rei dos animais.
b) indica quem são os personagens principais.
c) indica que o leão e o rato são os personagens secundários.
d) nega os fatos importantes acontecidos com todos os personagens.

QUESTÃO 02
A atitude do leão para salvar o rato demonstra:
a) inveja do gato.
b) piedade pelo rato.
c) desprezo pelo rato.
d) egoísmo por ser mais forte.

QUESTÃO 03
O sentimento do rato em relação à atitude do leão indica:
a) astúcia.
b) vaidade.
c) gratidão.
d) liberdade.

QUESTÃO 04
O leão foi aprisionado por causa:
a) da sua distração.
b) da mata fechada.
c) do desejo de vingança do gato.
d) do seu desconhecimento do ambiente.

QUESTÃO 05
O ensinamento coerente com os fatos dessa fábula é:
a) O orgulho leva à morte.
b) É melhor confiar desconfiando.
c) Quando a sorte muda, os fortes necessitam dos fracos.
d) Aos poderosos, tudo se desculpa; aos miseráveis, nada se perdoa.
QUESTÃO 06
O trecho “[...] quando pisou numa rede estendida para aprisioná-lo” comprova que
os caçadores pretendiam:
a) caçar o leão.
b) ajudar o rato.
c) testar a armadilha.
d) caçar qualquer animal.

QUESTÃO 07
O adjetivo pobre, empregado no 4º parágrafo, expressa:
a) posição social.
b) falta de dinheiro.
c) motivo de orgulho.
d) digno de compaixão.

QUESTÃO 08
No texto, a palavra que significa próximo de acontecer é:
a) prestes.
b) retribuir.
c) comovido.
d) prontificou-se.

QUESTÃO 09
O verbo refazer foi empregado no texto como sinônimo de:
a) reparar, arrumar.
b) reorganizar, reformar.
c) fazer de novo, corrigir.
d) restaurar as forças,revigorar-se.

QUESTÃO 10
A fala do leão preso na armadilha confirma o sentimento de:
a) falta de esperança em ser salvo.
b) surpresa com a atitude dos caçadores.
c) esperança de chegar um amigo e salvá-lo.
d) certeza de que ia livrar-se sozinho da armadilha.

FONTE:  Amanda Cangussu para Professores Solidários.
 


BIOGRAFIA DE ESOPO



Antes de iniciar a leitura da fábula será apresentada aos alunos a biografia de Esopo.

Segue a biografia: 

O fabulista grego teria nascido no final do século VII a.C. ou no início do século VI a.C.[1]. O local de seu nascimento é incerto. Heráclides do Ponto na obra Acerca dos Samios, afirmava que Esopo nascera na Trácia[2]. Certo é que morreu em Delfos, tendo sido executado injustamente, segundo descreve Heródoto (Histórias, II, 134) e o Suda. Segundo Heródoto, Esopo foi escravo de Jádmon, um cidadão de Samos, juntamente com uma outra escrava chamada Ródope[3].
As fábulas de Esopo e outras possivelmente a ele atribuídas foram reunidas pela primeira vez por Demétrio de Faleros, no início do século III a.C.[4][5].
Aristóteles afirmou na Retórica que Esopo teria uma vez discursado na Assembléia de Samos em defesa de um demagogo[6]Platão cita o nome de Esopo no diálogo Fédon (60c-61a), o que faz muitos a concluírem que suas fábulas eram muito conhecidas nesse momento histórico posterior[7].
Entretanto, foi-lhe atribuído um conjunto de pequenas histórias, de carácter moral e alegórico, cujos papéis principais eram desenvolvidos por animais. Na Atenas do século V a.C., essas fábulas eram conhecidas e apreciadas.
As fábulas que lhe são atribuídas sugerem normas de conduta que são exemplificadas pela ação dos animais (mas também de homens, deuses e mesmo coisas inanimadas). Esopo partia dacultura popular para compor seus escritos. Os seus animais falam, cometem erros, são sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como os homens. A intenção de Esopo, em suas fábulas, era mostrar como os seres humanos podiam agir, para bem ou para mal.


Referências
1.     AVELEZA, Manuel. As Fábulas de Esopo, p. XLIV - (em português)
2.     AVELEZA, Manuel. As Fábulas de Esopo, p. LX - (em português)
3.     Heródoto, Histórias, II 134. Apud AVELEZA, Manuel. As Fábulas de Esopo, p. LIV-LV - (em português)
4.     AVELEZA, Manuel. As Fábulas de Esopo, p. XLII - (em português)